Brochura, em papel pólen, 128pgs
Formato: 14 x 20 cm
Tiragem de 80 exemplares
Tradução de Floriano Martins
Capa de Ludwig Zeller e Suzana Wald
Contém 7 ilustrações internas de Ludwig Zeller
Tradução de Floriano Martins
Capa de Ludwig Zeller e Suzana Wald
Contém 7 ilustrações internas de Ludwig Zeller
R$: 40,00 (+ R$ 8,00 - frete simples)
Aquisição: edsolnegro@hotmail.com
Desde quando surgiu, em 1924, o Surrealismo despertou uma nódoa de
resistências. Dentre elas uma que tentou miná-lo a partir do conceito de seu
neologismo, ou seja, distorcendo o significado do prefixo utilizado por Breton
para mover o uso corrente de nosso entendimento da realidade. O termo traduzido
a outros idiomas foi recebido como sobrerrealismo ou superrealismo,
em muitos casos com a intenção de desorbitar sua essência. O argentino Aldo
Pellegrini (1903-1973) se destaca por sua clara visão crítica dos riscos de
linguagem que envolvem o Surrealismo. Não se trata de simular uma condição
superior à realidade, mas sim de buscar uma ampliação de seus conteúdos,
incluindo-nos entre eles. Em sua essência o Surrealismo propõe que o homem
passe a sentir-se parte da realidade. Nem alheio ou superior. Em face disto, em
seus ensaios e conferências Aldo Pellegrini cuidou muito claramente – por vezes
até arriscando-se a algum excesso didático – de observar a interferência do
movimento em aspectos como a linguagem, a comunicação e as tradições, tanto
lírica quanto plástica, em dado momento, particularmente no que diz respeito à
sua recepção em países hispano-americanos. Por esta razão o título – que
eventualmente pode incorrer em igual excesso didático –, que o poeta e ensaísta
brasileiro Floriano Martins (1957) escolheu para a presente reunião de textos,
possui um cuidado de subverter os ardis em torno do prefixo sur. Um
livro que trata de um movimento que se posicionou como algo mais além da
realidade. Um livro sobre o Surrealismo.